Contran acaba com aulas obrigatórias nas autoescolas e promete reduzir custos para aquisição de CNH

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou nesta segunda-feira (01) um pacote de mudanças que remodela o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil. A decisão, que já ecoa por todo o país como um vento que reorganiza rotinas e expectativas, elimina a obrigatoriedade das aulas práticas em autoescolas para candidatos à primeira habilitação.

Com a nova resolução, o futuro motorista poderá optar entre realizar todo o treinamento prático dentro de uma autoescola ou aprender com um instrutor privado credenciado, modalidade que passa a ser reconhecida oficialmente. Apesar da flexibilização, as provas teórica e prática seguem obrigatórias, funcionando como guardiãs do padrão mínimo de segurança viária.

O Contran argumenta que a medida busca reduzir custos, ampliar o acesso e estimular a concorrência no setor, especialmente em regiões onde a presença de autoescolas é limitada. Entidades representativas das escolas de formação, porém, demonstram preocupação com a possibilidade de queda na qualidade do aprendizado, apontando que um ensino menos estruturado pode gerar motoristas menos preparados.

A mudança ainda exigirá adaptações por parte dos departamentos estaduais de trânsito, que precisarão regulamentar a atuação dos instrutores independentes, fiscalizar veículos utilizados nas aulas e garantir que o processo continue atendendo aos requisitos de segurança.

Enquanto motoristas em formação comemoram a abertura de novas trilhas para conquistar a CNH, especialistas alertam que o trânsito brasileiro — já complexo como um mosaico de velocidades e comportamentos — precisará ser observado de perto para medir os efeitos reais da flexibilização.